segunda-feira, 27 de junho de 2011

domingo, 26 de junho de 2011

Poesia

Hoje terminei de ler o livro Toda Mulher é um pouco LEILA DINIZ, que ganhei no meu aniversário deste ano, pela querida amiga Talita Ariela Sampaio, que também é muito Leila Diniz...e acho que a Leila me ajudou a sair do meu jejum poético de alguns anos....e foi muito bom
Então, vou postar aqui minhas linhas singelas para começar este blog que creio será mais singelo do que esperava, porque acho que é melhor  mesmo fazer política na rua...como fizeram os BOMBEIROS DO RIO DE JANEIRO, HERÓIS, que saíram hoje em carreata desde o Flamengo até a Barra da Tijuca, chamando os cariocas a apoiarem a causa desses trabalhadores ( pelo aumento do piso salarial e pela ANISTIA IMEDIATA DOS BOMBEIROS PRESOS QUANDO FORAM AS RUAS, TOMARAM O QUARTEL E MENIFESTAVAM PELOS SEUS DIREITOS), esses trabalhadores que dão suas vidas por muitas, com um salário mísero foram brutalmente reprimido e presos pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro (PMDB) e ainda chamados de vagabundos pelo governador Sérgio Cabral que sabemos quem é e a serviço de quem está, à serviço dos grandes empresários, aristocratas, da elite carioca e contra o povo trabalhador e estudantes do Rio de Janeiro, que carregam essa cidade nas costas!!!

Então VAMOS ÀS RUAS, PELOS NOSSOS DIREITOS E EM APOIO AOS BOMBEIROS DO RIO DE JANEIRO QUE PEDEM SOCORRO!!!!

E aqui vamos á poesia!



A Praia e o mar (simples assim)

A Praia espera todos os dias pelo mar
que a rasga e a cicatriza 
com sua própria matéria
a areia 
que espera todos dias
 pela água
pelas conchas e pelas pérolas
do mar 
que vem e a recolhe
a devolve e vagueia.

O balanço dos encontros e partidas
que parte
das vindas e idas
idas vindas
torna cada dia um dia
diferentes entre a chegada do mar 
e a espera da praia, viva...

Esses dias entre a praia e o mar
são únicos, saudosos
pela chegada ansiosos,
certos da partida
ainda que da cicatriz e da despedida
alegres amistosos 
generosos em rima

Incertos da cura,
a praia serena
que espera ansiosa,
terá sempre aberta
uma ferida
cuja matéria 
dia após dia cicatriza
 e re-cicatriza

Assim, à praia só lhe resta 
desenhar
novos e diferentes dias
onde o mar 
intenso alegre pode chegar
ora triste singelo se aproximar
revolto bravio a bravejar 
ou à lua cheia 
que sereno se senta, 
a beija 
e respira

...enquanto a praia 
ferida 
disposta 
e sã
espera outro dia novo 
de novo chegar


Nós somos a Praia 
O Mar é o A-mar 

Raquel Negrão
Rio de Janeiro - 26/06/2011