quarta-feira, 30 de maio de 2012

Éric Meireles de Andrade  - Esse é um poema meu - Morte aos Elefantes Brancos, escrito com muita verve e indignação das salas de espera das repartições públicas... Escrevo em versos livres, minha pesquisa poética e minha inspiração não prioriza nem rimas nem ritmos, e sim se debruça nas metáforas e nas demais figuras e vícios de linguagem, na transmentalidade mayakovskiana, na constituição de versos simples e nus... Adorei o movimento que você constrói com a Rifa Poética. Divulga nossa III antologia e também os poetas que lhe circundam e que lhe querem bem. Como diria Chico Science "Um passo à frente, e você não estará no mesmo lugar"... Parabéns!!!

http://www.youtube.com/watch?v=2bieBHV-YrA

MORTE AOS ELEFANTES BRANCOS

Morte aos Elefantes Brancos!
Adornados de memorandos numerados
E pedras de ofícios.

Sepultem seu gosto burocrático
De sua carne gorda e corrupta
E sua medíocre tromba de domínio.

Morte aos elefantes brancos!
E morte aos seus donos de terno e gravata
(magnatas em potes de classe dominante
E moradores em castelos de marfim).

Não titubeiem, fuzilem seus passos de deboche
E suas patas de insensibilidade sádica,
Que castigam um povo com orçamentos frios,
E com filas, é com papéis, e com senhas, e com salas de espera.

Morte aos Elefantes brancos!
Ódio aos seus pesos que sufocam
Aos seus dentes que maltratam
E suas bostas que tripudiam!

Sim, morte aos elefantes brancos!...

Éric Meireles de Andrade

Poema "Morte aos Elefantes Brancos", de Éric Meireles de Andrade, feito pelo programa "Geração Mukifeira" - GM #06 MORTE AOS ELEFANTES BRANCOS Morte aos Elef...

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