segunda-feira, 11 de junho de 2012


WILIAM BLAKE, CECÍLIA MEIRELES E BARBARA PEREIRA - Alexandre Santos
Oi Raquel! Estou postando três poetas, Wiliam Blake (1757-1827), um poeta e visionário inglês que rejeitava as imposições de autoridade; Cecilia Meireles, uma poetiza que escreveu sobre a inconfidência Mineira, em seu Romanceiro da Inconfidência, uma obra que fala muito a respeito da terra onde estou morando agora; e Barbara Peireira, uma jovem escritora que do trabalho muito gostei.

 The Tyger

Tyger! Tyger! Burning bright
In the forests of the night,
What immortal hand or eye
Cold frame thy fearful symmetry?

In what distant deeps or skies
Burnt the fire of thine eyes?
On what wings dare he aspire?
What the hand dare seize the fire?

And what shoulder, & what art,
Could twist the sinews of thy heart?
And when thy heart began to beat,
What dread hand? & what dread feet?

What the hammer? What the chain?
In what furnace was thy brain?
What the anvil? What dread grasp
Dare its deadly terros clasp?

When the stars threw down their spears,
And watered heaven with their tears,
Did he smile his work to see?
Did he who made the Lamb make tree?

Tyger! Tyger! burning bright
In the forests of thenight,
What immortal hand or eye,
Dare frame try fearful symmetry?

William Blake

Romance LV ou de um preso chamado Gonzaga


Quem sabe o que pensa o preso
Que todas as leis conhece,
E continua indefeso!

Aquele magistrado
Que digno fora, e austero,
Agora te aparece
Criminoso. E pondero:
Tudo no mundo mente.
(Daqui nem ouro quero...)

Pode ser que assim falasse
E pode ser que corressem
Lágrimas, por sua face.

No remoto Passada
Fica o semblante vero,
Do que hoje aqui padece.
Mas não me desespero,
que a vida é sem Presente.
(Daqui nem ouro quero...)

Mas eram falas perdidas,
Que havia léguas e léguas
de sua vida a outras vidas...

Inocente, culpado?
Enganoso? Sincero?
Por muito que o confesse,
o amor não recupero.
No entanto, ó surda gente,
Daqui nem ouro quero...

Cecília Meireles

Sub-conto

Com um olhar tímido fitava seus giros ritmados
[veladamente]
Havia tanta cor naquele movimento-samba
Sua indizível avidez...
Mulata em seus traços, obviamente
[não tão óbvia como a compaixão]
E aquela fragrância insistia em atulhar o recinto
[cativante-mente]
Ouve-se insultos:
-Lugar de pedinte é na rua...
E o pobre homem torna a sua costumeira morada...
Deixando sobre o local resquícios de seus sonhos
Abandona sua condição humana e deixa de assistir
Televisão de cachorro!
E volta para o seu tudo
Vulgarmente chamado 'nada'.

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