Até quando aceitaremos golpes miliares, dados pela burguesia, sempre que o povo começa a conseguir mudar seus caminhos, melhorar sua vida, conquistar seus direitos?!!! GOLPES SÃO INACEITÁVEIS, VISTO TODA MARCA DE HORROR QUE JÁ DEIXARAM NA NOSSA SOCIEDADE, SOBRETUDO NA AMÉRICA LATINA...COM SUAS VEIAS ABERTAS...E FERIDAS AINDA NÃO CICATRIZADAS, QUANDO SÃO MUITOS AINDA OS DESAPARECIDOS, MORTOS E TORTURADOS POR TODAS AS DITADURAS QUE OPRIMIRAM PERSEGUIRAM A POVO LATINOAMERICANO!! BASTA!!!
FORÇA AO POVO PARAGUAIO! FORA BURGUESIA E ESTADOS UNIDOS, TIREM A MÃO DA AMERICA LATINA!
Essa é uma das minhas poesias, que não está na Antologia, mas que serve para dias de golpe...Força ao povo paraguaio!
AH..... E NÃO DEIXEM DE PARTICIPAR DESSA RIFA POÉTICA!!!!
Voz de Prisão
-Senhora Poetisa, considere-se presa!
-Por que, senhor?
Não matei!
Não roubei!
Não trai membro da realeza!
- Sua poesia é subversiva, Senhora Poetisa!
-Como?
Não ataquei o Estado!
Não desmascarei os safad...
Não denunciei os culpados!
- Sua poesia tem conteúdo subversivo, Senhora Poetisa!
- Quando?
Quando cantei o desengano? A liberdade? A igualdade? A paixão? A Revolução?
Os dramas humanos?
-Sua poesia tem cunho subversivo, Senhora Poetisa!
-Senhor, está enganado, ainda que subversiva ou subvertida,
É inocente minha poesia!
Porque infelizmente, ...melhor, felizmente!
Ninguém a poesia lê hoje em dia!
- Senhora Poetisa, considere-se presa por: a ordem subverter e
Resistir à prisão!
- Caro senhor, me faça um favor: leia algumas dessas linhas...
Te dou garantias!
Que após leitura atenta,
Mudará de opinião!
Para HABLAR: Para não dizer que não FALEI... Esse blog está sendo criado para FALAR não só das "Flores" mas dos jardins, florestas e campose e ainda usar o pouco de liberdade que nos resta...Até quando, não sei! Por isso resolvi começar logo! Este é, então, o espaço para não deixar de falar e falar sobre Política, Ciência e Cultura. E aí, vamos vendo se ele vinga bem ou não! Saudações Revolucionárias Falantes! RaquelNegrão
segunda-feira, 25 de junho de 2012
segunda-feira, 11 de junho de 2012
O Marcelo Leite também estpa participando! Já até contribuiu com uma graninha! Agora só falta postar o autor/autora que ele goste muito! Nos surpreenda, LEITÃO!!!
WILIAM BLAKE, CECÍLIA MEIRELES E BARBARA PEREIRA - Alexandre Santos
Oi Raquel! Estou postando três poetas, Wiliam Blake (1757-1827), um poeta e visionário inglês que rejeitava as imposições de autoridade; Cecilia Meireles, uma poetiza que escreveu sobre a inconfidência Mineira, em seu Romanceiro da Inconfidência, uma obra que fala muito a respeito da terra onde estou morando agora; e Barbara Peireira, uma jovem escritora que do trabalho muito gostei.
The Tyger
Tyger! Tyger! Burning brightIn the forests of the night,
What immortal hand or eye
Cold frame thy fearful symmetry?
In what distant deeps or skies
Burnt the fire of thine eyes?
On what wings dare he aspire?
What the hand dare seize the fire?
And what shoulder, & what art,
Could twist the sinews of thy heart?
And when thy heart began to beat,
What dread hand? & what dread feet?
What the hammer? What the chain?
In what furnace was thy brain?
What the anvil? What dread grasp
Dare its deadly terros clasp?
When the stars threw down their spears,
And watered heaven with their tears,
Did he smile his work to see?
Did he who made the Lamb make tree?
Tyger! Tyger! burning bright
In the forests of thenight,
What immortal hand or eye,
Dare frame try fearful symmetry?
William Blake
Romance LV ou de um preso chamado Gonzaga
Quem sabe o que pensa o preso
Que todas as leis conhece,
E continua indefeso!
Aquele magistrado
Que digno fora, e austero,
Agora te aparece
Criminoso. E pondero:
Tudo no mundo mente.
(Daqui nem ouro quero...)
Pode ser que assim falasse
E pode ser que corressem
Lágrimas, por sua face.
No remoto Passada
Fica o semblante vero,
Do que hoje aqui padece.
Mas não me desespero,
que a vida é sem Presente.
(Daqui nem ouro quero...)
Mas eram falas perdidas,
Que havia léguas e léguas
de sua vida a outras vidas...
Inocente, culpado?
Enganoso? Sincero?
Por muito que o confesse,
o amor não recupero.
No entanto, ó surda gente,
Daqui nem ouro quero...
Cecília Meireles
Sub-conto
Com um olhar tímido fitava seus giros ritmados
[veladamente]
Havia tanta cor naquele movimento-samba
Sua indizível avidez...
Mulata em seus traços, obviamente
[não tão óbvia como a compaixão]
E aquela fragrância insistia em atulhar o recinto
[cativante-mente]
Ouve-se insultos:
-Lugar de pedinte é na rua...
E o pobre homem torna a sua costumeira morada...
Deixando sobre o local resquícios de seus sonhos
Abandona sua condição humana e deixa de assistir
Televisão de cachorro!
E volta para o seu tudo
Vulgarmente chamado 'nada'.
Ah... esse é um dos poemas de minha autoria que farão parte da III Antologia Nacional, que compartilho com os todos participantes da RIFA POÉTICA:
Cerrado adentro
Vejo afora do mato ralo,
o mato seco, raso,
o mato turvo, curvado,
parecido morto, mato calado.
Se lá fora não havia o espaço desejado,
construído, moldado,
não importava se fora queimado
o mato seco, esturricado, dali preconceituado.
Motivado, pelo desenvolvimento empenhado,
me coloquei adentro
o machado empunhado
fogo marcado,
no meio, entre, dentro,
me meti,
cego humano ocupado
mas vi, aí, atento, atônito,
outro legado:
Cerrado aflorado,
o mato bravo,
a beleza escondida sem corcovado
beleza em curva , crua
mato matuto , , retorcido , não resignado.
Canto em concerto de Siriema Seriema
chuva de cheiro, cheiro de guará notado
Lobeira em beira de trilha, gosto de pequi , doce da gabiroba
Quaresmeira em punho cerrado, flor comunista,
foice resistente em colorido declarado.
Parte, como uma parte de Cerrado desfrutado, desbravado
uma mulher , um homem , humanos humanizados
em natureza plena, o meio vivo
o todo em Cerrado visto de dentro, adentro
Cerrado avivado.
Cerrado adentro
Vejo afora do mato ralo,
o mato seco, raso,
o mato turvo, curvado,
parecido morto, mato calado.
Se lá fora não havia o espaço desejado,
construído, moldado,
não importava se fora queimado
o mato seco, esturricado, dali preconceituado.
Motivado, pelo desenvolvimento empenhado,
me coloquei adentro
o machado empunhado
fogo marcado,
no meio, entre, dentro,
me meti,
cego humano ocupado
mas vi, aí, atento, atônito,
outro legado:
Cerrado aflorado,
o mato bravo,
a beleza escondida sem corcovado
beleza em curva , crua
mato matuto , , retorcido , não resignado.
Canto em concerto de Siriema Seriema
chuva de cheiro, cheiro de guará notado
Lobeira em beira de trilha, gosto de pequi , doce da gabiroba
Quaresmeira em punho cerrado, flor comunista,
foice resistente em colorido declarado.
Parte, como uma parte de Cerrado desfrutado, desbravado
uma mulher , um homem , humanos humanizados
em natureza plena, o meio vivo
o todo em Cerrado visto de dentro, adentro
Cerrado avivado.
Novos participantes:
GONÇALVES DIAS - Postado por Dalva Matos:
Uma poesia que sempre me acompanhou qdo estava fora do país era Cançao do Exílio, de Gonçalves Dias....
Canção do exílio
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar –sozinho, à noite–
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que disfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
De Primeiros cantos (1847)
Gonçalves Mariana Dias
GONÇALVES DIAS - Postado por Dalva Matos:
Uma poesia que sempre me acompanhou qdo estava fora do país era Cançao do Exílio, de Gonçalves Dias....
Canção do exílio
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar –sozinho, à noite–
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que disfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
De Primeiros cantos (1847)
Gonçalves Mariana Dias
quarta-feira, 6 de junho de 2012
AMIGOS E AMIGAS,
Como a Primeira RIFA POÉTICA foi um sucesso, resolvi RE LANÇÁ-LA e fazer um novo sorteio de um outro livro da III Antologia Poética !!!
Então recapitulando os porquÊs e comos:
MEUS POEMAS FORAM SELECIONADOS PARA FAZER PARTE DO LIVRO III ANTOLOGIA NACIONAL - DA CONFRARIA DOS POETAS!!! São vários autores de 8 cidades e 6 Estados!!!
Então como os custos para editoração, publicação e lançamento são custeados por cada autor e não são baratos (R$ 950) , peço a colaboração dos amigos que gostam de poesia e convido a todos a participarem desta rifa para angarar fundos para ajudar esta poetiza em incio de carreira...heeheheh
Na primeira RiFA Poética, consegui de colaboração: R$ 85,00 !!! Já é uma garnde ajuda!!!
As regras são as seguintes: se você quiser particpar, publique nos comentários o nome de um poeta ou uma poetiza, ou um escritor de outra modalidade que você goste. Vale Música também!!!
Também publique algo sobre este autor, pode ser algo sobre ele, ou algo dele, ou dela....poesia, musica, trecho de livro, haicai...etc etc...!
Podem participar postando nesta página do facebook ou publicando em um dos comentários do blog Para Hablar: http://pradizerque.blogspot.com.br/
ou podem participar me enviando o seu escritor para meu e-mail: raquelnegrao@yahoo.com.br
Quem quiser contribuir com uma graninha pode enviar o $$$ para:
( Tinha estipulado 5 (cinco reais) por autor, mas essa contribuição financeira é por opção...e está valendo qualquer valor ..menos, mais...rs!!!)
O pagamento pode ser feito pessoalmente, quando em encontrarem!
Ou por depósito na minha conta do Banco do Brasil:
AG: 1888-0
CC: 9169-3
Se NÃO puderem ou não quiserem contribuir, mas quiserem escrever sobre algum autor das antigas, contemporâneo ou uma poesia própria, fiquem a vontade e descubram, relembrem e desfrutem da boa poesia!!!!
No dia 6 de julho publicarei uma lista com os respectivos autores e faremos o sorteio do ganhador AO VIVO durante nosso Programa Agora Falando sério da Radio Ufscar a partir das 17hs.
Aproveito a oportunidade para agradecer a colaboração de todos e todas que sempre leram meus poemas e me incentivaram! Também agradeço ao Daniel Ilirian Carvalho pelo convite e à Confraria dos poetas (Éric Meireles de Andrade) pela iniciativa e Organização!
Um abraço e saudações poéticas!
FAÇAM SUAS APOSTA!!!! e CONVIDEM OUTROS AMIGOS QUE GOSTAM DE POESIA PARA PARTICIPAREM DESSE JOGO POÉTICO.
Raquel Negrão
sexta-feira, 1 de junho de 2012
O Poeta ganhador do PRIMEIRO SORTEIO da RIFA POÉTICA foi MANOEL DE BARROS , com PREFÁCIO inicado pela Helena Janke!!!
Obrigada a todos pela colaboração!!!
Aguardem o próximo sorteio dia 6 de julho, sexta-feira ao vivo durante o Programa Agora Falando sério !!! Todos que participaram desse sorteio continuarão participando dos próximos!!! Mas podem continuar postando novos poetas e poetisas, compositores(a), escritores, contistas, documentaristas, críticos...etc etc etc...
E quem ainda não conseguiu participar, pode começar a participar da Rifa Poética já!!!
PARTICIPANTES DA RIFA POÉTICA para sorteio de hoje, dia 1° de junho, com poesia ou sem poesia :
Cora (Coralina) - Valéria Iared
(Pablo) Neruda - Lia Sabinson
João Cabral de Melo Neto - Otávio Lino
Arnaldo Antunes - Tatiana Correia
Paulo Leminski - Talita Sampaio
Bukowski - Gabi Rancan
Yehuda Amichai - Carolina Baldoni
Criolo - Marisa Cubas
Cecília Meireles - Marly Negrão
Carlos Drummond - Giordano Ciocheti
Fernando Pessoa - Giordano Ciocheti
Eduardo Galeano - Fernanda Tibério
Tonico e Tinoco - Rê Muylaert
Gabriela Gonzáles - Gabriela Gonzáles
Eric Meireles - Eric Meireles
Clarice (Lispector) - Priscila Benitez
Sem autor ainda - Sabrina Mieko Viana
Florbela Spanca - Dalva Matos
Leoni em parceria com Fernando Anitelli e Daniel Santiago - Cinthya Santos
Fernado Pessoa II - Penha Baldoni
Daniel Ilirian - Daniel Ilirian Carvalho
Pablo (Neruda) - Letícia Quito
(Clarice) Lispector - Isabelle Santos
Sem poeta ainda : Leandro Kenji Takao
Manoel de Barros - Helena Janke
(Cora) Coralina - Helena Janke
Mia Couto - LIa SAbinson
NOel Rosa - SIara Bonatti
Alberto CAeiro - WAgner Chiba
Neto Sambaia - Luis Henrique Arruda
Sem autor ainda - Sabrina Mieko Viana
Florbela Spanca - Dalva Matos
Leoni em parceria com Fernando Anitelli e Daniel Santiago - Cinthya Santos
Fernado Pessoa II - Penha Baldoni
Daniel Ilirian - Daniel Ilirian Carvalho
Pablo (Neruda) - Letícia Quito
(Clarice) Lispector - Isabelle Santos
Sem poeta ainda : Leandro Kenji Takao
Manoel de Barros - Helena Janke
(Cora) Coralina - Helena Janke
Mia Couto - LIa SAbinson
NOel Rosa - SIara Bonatti
Alberto CAeiro - WAgner Chiba
Neto Sambaia - Luis Henrique Arruda
E quem ainda não conseguiu participar, tem até dia 31/05 para postar um comentário com o nome de algum escritor(a), poeta, compositor(a)!!!! e/ou ajudar com uma graninha ($$$$) a editoração, publicação e lançamento dos meus poemas na III Antologia Nacional Poética, organizada pela Confraria dos poetas!!!
O sorteio da rifa será ao vivo na sexta-feira, dia 01/06 ao vivo durante o Programa AGora Falando Sério na Rádio Ufscar (95,3 FM) ou ao vivo pela internet no site: www.radio.ufscar.br a partir das 16:30 !!!!
AHHH....o Prêmio é um livro da III Antologia que será lançada em AGosto, na Casa das Rosas, AV. Paulista em SP!!!!
NOEL ROSA - Siara Bonatti
Filosofia
Noel Rosa
O mundo me condena, e ninguém tem pena
Falando sempre mal do meu nome
Deixando de saber se eu vou morrer de sede
Ou se vou morrer de fome
Mas a filosofia hoje me auxilia
A viver indiferente assim
Nesta prontidão sem fim
Vou fingindo que sou rico
Pra ninguém zombar de mim
Não me incomodo que você me diga
Que a sociedade é minha inimiga
Pois cantando neste mundo
Vivo escravo do meu samba, muito embora vagabundo
Quanto a você da aristocracia
Que tem dinheiro, mas não compra alegria
Há de viver eternamente sendo escrava dessa gente
Que cultiva hipocrisia
ALBERTO CAEIRO (FP) - Wagner Chiba
Minha contribuição... Um pouco de ceticismo no meio desse mundo tão abstrato...
Há metafísica bastante em não pensar em nada.
O que penso eu do mundo?
Sei lá o que penso do mundo!
Se eu adoecesse pensaria nisso.
Que idéia tenho eu das cousas?
Que opinião tenho sobre as causas e os efeitos?
Que tenho eu meditado sobre Deus e a alma
E sobre a criação do Mundo?
Não sei. Para mim pensar nisso é fechar os olhos
E não pensar. É correr as cortinas
Da minha janela (mas ela não tem cortinas).
O mistério das cousas? Sei lá o que é mistério!
O único mistério é haver quem pense no mistério.
Quem está ao sol e fecha os olhos,
Começa a não saber o que é o sol
E a pensar muitas cousas cheias de calor.
Mas abre os olhos e vê o sol,
E já não pode pensar em nada,
Porque a luz do sol vale mais que os pensamentos
De todos os filósofos e de todos os poetas.
A luz do sol não sabe o que faz
E por isso não erra e é comum e boa.
Metafísica? Que metafísica têm aquelas árvores?
A de serem verdes e copadas e de terem ramos
E a de dar fruto na sua hora, o que não nos faz pensar,
A nós, que não sabemos dar por elas.
Mas que melhor metafísica que a delas,
Que é a de não saber para que vivem
Nem saber que o não sabem?
"Constituição íntima das cousas"...
"Sentido íntimo do Universo"...
Tudo isto é falso, tudo isto não quer dizer nada.
É incrível que se possa pensar em cousas dessas.
É como pensar em razões e fins
Quando o começo da manhã está raiando, e pelos lados
das árvores
Um vago ouro lustroso vai perdendo a escuridão.
Pensar no sentido íntimo das cousas
É acrescentado, como pensar na saúde
Ou levar um copo à água das fontes.
O único sentido íntimo das cousas
É elas não terem sentido íntimo nenhum.
Não acredito em Deus porque nunca o vi.
Se ele quisesse que eu acreditasse nele,
Sem dúvida que viria falar comigo
E entraria pela minha porta dentro
Dizendo-me, Aqui estou!
(Isto é talvez ridículo aos ouvidos
De quem, por não saber o que é olhar para as cousas,
Não compreende quem fala delas
Com o modo de falar que reparar para elas ensina.)
Mas se Deus é as flores e as árvores
E os montes e sol e o luar,
Então acredito nele,
Então acredito nele a toda a hora,
E a minha vida é toda uma oração e uma missa,
E uma comunhão com os olhos e pelos ouvidos.
Mas se Deus é as árvores e as flores
E os montes e o luar e o sol,
Para que lhe chamo eu Deus?
Chamo-lhe flores e árvores e montes e sol e luar;
Porque, se ele se fez, para eu o ver,
Sol e luar e flores e árvores e montes,
Se ele me aparece como sendo árvores e montes
E luar e sol e flores,
É que ele quer que eu o conheça
Como árvores e montes e flores e luar e sol.
E por isso eu obedeço-lhe,
(Que mais sei eu de Deus que Deus de si próprio?).
Obedeço-lhe a viver, espontaneamente,
Como quem abre os olhos e vê,
E chamo-lhe luar e sol e flores e árvores e montes,
E amo-o sem pensar nele,
E penso-o vendo e ouvindo,
E ando com ele a toda a hora.
Alberto Caeiro, in "O Guardador de Rebanhos - Poema V"
Heterónimo de Fernando Pessoa
NETO SAMBAIBA - Luiz Henrique Arruda
A minha poesia é de Neto Sambaiba
Chama-se
"ESTUDA ESTUDANTE"
Estudante prudente
Não seja somente
Escolarizado,
Seja importante
SENDO estudante
Humanizado
Até a morte
Seja mais forte,
Seja o fuzil
Saiba Viver
Aprenda a aprender
Crescendo o Brasil.
Leia, escreva
Sempre se atreva
Vencer obstáculos,
Cresça estudando
Viva ajudando
Faça espetáculos
Suba com gosto
Que 11 de Agosto
É teu dia
Seja maior
Fazendo o melhor
Fabricando ALEGRIA.
Todos que estudam são estudantes, mas será que todo estudante estuda?
auhaau ai está
valeu Raquel Negrão, boa sorte POCHOKLO
quinta-feira, 31 de maio de 2012
(CORA) CORALINA- HELENA JANKE
Todas as Vidas
Vive dentro de mim
uma cabocla velha
de mau-olhado,
acocorada ao pé do borralho,
olhando pra o fogo.
Benze quebranto.
Bota feitiço...
Ogum. Orixá.
Macumba, terreiro.
Ogã, pai-de-santo...
Vive dentro de mim
a lavadeira do Rio Vermelho,
Seu cheiro gostoso
d’água e sabão.
Rodilha de pano.
Trouxa de roupa,
pedra de anil.
Sua coroa verde de são-caetano.
Vive dentro de mim
a mulher cozinheira.
Pimenta e cebola.
Quitute bem feito.
Panela de barro.
Taipa de lenha.
Cozinha antiga
toda pretinha.
Bem cacheada de picumã.
Pedra pontuda.
Cumbuco de coco.
Pisando alho-sal.
Vive dentro de mim
a mulher do povo.
Bem proletária.
Bem linguaruda,
desabusada, sem preconceitos,
de casca-grossa,
de chinelinha,
e filharada.
Vive dentro de mim
a mulher roceira.
– Enxerto da terra,
meio casmurra.
Trabalhadeira.
Madrugadeira.
Analfabeta.
De pé no chão.
Bem parideira.
Bem criadeira.
Seus doze filhos.
Seus vinte netos.
Vive dentro de mim
a mulher da vida.
Minha irmãzinha...
tão desprezada,
tão murmurada...
Fingindo alegre seu triste fado.
Todas as vidas dentro de mim:
Na minha vida –
a vida mera das obscuras.
Todas as Vidas
Vive dentro de mim
uma cabocla velha
de mau-olhado,
acocorada ao pé do borralho,
olhando pra o fogo.
Benze quebranto.
Bota feitiço...
Ogum. Orixá.
Macumba, terreiro.
Ogã, pai-de-santo...
Vive dentro de mim
a lavadeira do Rio Vermelho,
Seu cheiro gostoso
d’água e sabão.
Rodilha de pano.
Trouxa de roupa,
pedra de anil.
Sua coroa verde de são-caetano.
Vive dentro de mim
a mulher cozinheira.
Pimenta e cebola.
Quitute bem feito.
Panela de barro.
Taipa de lenha.
Cozinha antiga
toda pretinha.
Bem cacheada de picumã.
Pedra pontuda.
Cumbuco de coco.
Pisando alho-sal.
Vive dentro de mim
a mulher do povo.
Bem proletária.
Bem linguaruda,
desabusada, sem preconceitos,
de casca-grossa,
de chinelinha,
e filharada.
Vive dentro de mim
a mulher roceira.
– Enxerto da terra,
meio casmurra.
Trabalhadeira.
Madrugadeira.
Analfabeta.
De pé no chão.
Bem parideira.
Bem criadeira.
Seus doze filhos.
Seus vinte netos.
Vive dentro de mim
a mulher da vida.
Minha irmãzinha...
tão desprezada,
tão murmurada...
Fingindo alegre seu triste fado.
Todas as vidas dentro de mim:
Na minha vida –
a vida mera das obscuras.
MANOEL BARROS - Helena Janke,
está também participando da Rifa poética e ela será MANOEL DE BARROS e (Cora) Coralina , já que a Valéria Ghisloti Iared enviou o primeiro poema da Cora...heheheh... Os poemas da Helena são esses:
Manoel de Barros - Prefácio
Assim é que elas foram feitas (todas as coisas)
sem nome.
Depois é que veio a harpa e a fêmea em pé.
Insetos errados de cor caíam no mar.
A voz se estendeu na direção da boca.
Caranguejos apertavam mangues.
Vendo que havia na terra
dependimentos demais
E tarefas muitas -
Os homens começam a roer unhas.
Ficou certo pois não
Que as moscas iriam iluminar
o silêncio das coisas anônimas.
Porém, vendo o Homem
Que as moscas não davam conta de iluminar o silêncio
das coisas anônimas -
Passaram essa tarefa para os poetas.
está também participando da Rifa poética e ela será MANOEL DE BARROS e (Cora) Coralina , já que a Valéria Ghisloti Iared enviou o primeiro poema da Cora...heheheh... Os poemas da Helena são esses:
Manoel de Barros - Prefácio
Assim é que elas foram feitas (todas as coisas)
sem nome.
Depois é que veio a harpa e a fêmea em pé.
Insetos errados de cor caíam no mar.
A voz se estendeu na direção da boca.
Caranguejos apertavam mangues.
Vendo que havia na terra
dependimentos demais
E tarefas muitas -
Os homens começam a roer unhas.
Ficou certo pois não
Que as moscas iriam iluminar
o silêncio das coisas anônimas.
Porém, vendo o Homem
Que as moscas não davam conta de iluminar o silêncio
das coisas anônimas -
Passaram essa tarefa para os poetas.
A Rifa poética tinha algumas regras....rsrs...mas regra exite para ser descontruida mesmo, eu não gosto de regras quando alguem não a usa...a primeira regra da RIFA POÉTICA, era citar um autor que já não tinha sido citado, mas tem tanto poeta com tanta poesia....e com pelo menos dois nomes...então essa regra caiu tbm, junto coma regra de contribuir com $ para participar, que acabou sendo transformada em colaboração para quem quiser ajudar, mas a contribuição das poesias postadas valem tbm como regra !!! Então pessoal, continuem participando da RIFA POÉTICA, que ainda dá tempo e vai continuar rolando!!! O primeiro sorteio será amanhã ao vivo durante o Programa Agora Falando Sério, da rádio ufscar, a partir das 16:30, não percam! Meio ambiente, politica ambiental e Poesia!!! www.radio.ufscar.br
LISPECTOR (CLARICE) - Isabelle Santos
Há Momentos - Clarice Lispector
Há momentos na vida em que sentimos tanto
a falta de alguém que o que mais queremos
é tirar esta pessoa de nossos sonhos
e abraçá-la.
Sonhe com aquilo que você quiser.
Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que se quer.
Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.
As pessoas mais felizes
não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor
das oportunidades que aparecem
em seus caminhos.
A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passam por suas vidas.
O futuro mais brilhante
é baseado num passado intensamente vivido.
Você só terá sucesso na vida
quando perdoar os erros
e as decepções do passado.
A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar
duram uma eternidade.
A vida não é de se brincar
porque um belo dia se morre.
quarta-feira, 30 de maio de 2012
PABLO (NERUDA)- Letícia Quito
Quel querida! Se ainda estiver em tempo, segue um dos poemas de amor entre os meus preferidos.
Pablo Neruba
Não te amo como se fosse rosa de sal, topázio
ou flecha de cravos que propagam o fogo:
te amo secretamente, entre a sombra e a alma.
Te amo como a planta que não floresce e leva
dentro de si, oculta, a luz daquelas flores,
e graças a teu amor vive escuro em meu corpo
o apertado aroma que ascender da terra.
Te amo sem saber como, nem quando, nem onde,
te amo diretamente sem problemas nem orgulho:
assim te amo porque não sei amar de outra maneira,
Se não assim deste modo em que não sou nem és
tão perto que a tua mão sobre meu peito é minha
tão perto que se fecham teus olhos com meu sonho.
DANIEL ILIRIAN CARVALHO - Daniel Ilirian Carvalho
Corinthians
Busquei entender a dor
Que me impingiu de forma tão pungente
Dor por vê-lo cair
Dor por ver-me cair
Amor de menino feito em preto e branco
De explosões em desatino
Com sorriso ao invés do pranto
Amor que se fez sem querer
Sem saber e sequer entender
Se fazendo solene
Perto do anoitecer
Foram tardes e noites
Manhãs de regozijo
Entoando seu honroso hino
Pela voz de guerreiros fortes
Anos incríveis corridos com o tempo
Sempre lutando e sofrendo
Ignorando a própria dor
Dor em ter a queda consumada
Arrastada por noites sombrias
Com os sinos
Em constante badalada
Porém agora sepultada
Por guerreiros alvinegros
Essa dor que se dissipa
Por nós é superada
Corinthians Paulista
Por D´Avila escrito em verso
De glórias e conquistas
É ,em nosso coração, sempre eterno
Daniel Ilirian
LEONI, FERNANDO ANITELLI, DANIEL SANTIAGO - Cinthya Santos
Floor.. Acho que não tenho um autor preferido, mas vou postar uma musica recente que eu acho linda... Sou apaixonada por musica e acho que toda boa melodia merece uma boa poesia, e vice versa...rsrs
Bom, aqui vai... É uma musica do Leoni em parceria com Fernando Anitelli e Daniel Santiago, d' O Teatro Mágico.
Nas Margens de Mim
Eu me senti como um rei
Me larguei, dormi, nas margens de mim
Me perdi por querer, eu não fiz, não fui
Me desaprendi
Eu quis prestar atenção
Tudo o que é menor, mais lento e baldio
Deixo o rio passar tão voraz, veloz
Me deixo ficar
Quando o sol acena bate em mim
Diz valer a pena ser assim
Que no fundo é simples ser feliz
Difícil é ser tão simples
Difícil é ser tão simples
Difícil mesmo é ser
Me recolhi, fiquei só
Até florescer
Desapego e raiz, improviso e razão
Canto pra colher, agora e aqui
De qualquer maneira parte em mim
Diz valer a pena ser assim
Que no fundo é simples ser feliz
Difícil é ser tão simples
Difícil é ser tão simples
Difícil mesmo é ser
Amigos colaboradores da RIFA POÉTICA, como muita gente que gostaria de participar da rifa ainda não conseguiu postar seu escritor predileto, e esse espaço também tem sido muito divertido e uma via para conhecermos novos, conhecidos, reconhecidos poetas, escritores, compositores...decidi continuar com a rifa por mais algum tempo e fazer sorteio de outros livros! Então nesta sexta-feira, dia 1° ao vivo durante o prohrama AGORA FALANDO SÉRIO da Rádio Ufscar, faremos o sorteio do primeiro livro da III Antologia nacional poética, organizada pela Confraria dos poetas.... mas esse será só o primeiro sorteio!!!! Obrigada a todos e todas que já estão participando!!!!
Continuem participando! Quem está participando deste sorteio, continuará participando em todos os próximos sorteios!!!
SAUDAÇÕES POÉTICAS E ATÉ BREVE!
Raquel
FERNANDO PESSOA II - Penha Baldoni
Kel ..vc sabe que meu poeta é Fernando Pessoa ..um português que fez história entre os amantes da poesia....mas morreu cedo, com 47 anos, alguns falam que foi de cirrose..........................será?
Autopsicografia
Fernando Pessoa
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama o coração.
Autopsicografia
Fernando Pessoa
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama o coração.
MIA COUTO - Lia Sabinson
ó, ai vai meu segundo autor.
Mia Couto, nascido António Emílio Leite Couto (Beira, 5 de Julho de 1955), é um biólogo e escritor moçambicano. Além de considerado um dos escritores mais importantes de Moçambique, é o escritor moçambicano mais traduzido. Em muitas das suas obras, Mia Couto tenta recriar a língua portuguesa com uma influência moçambicana, utilizando o léxico de várias regiões do país e produzindo um novo modelo de narrativa africana. Terra Sonâmbula, o seu primeiro romance, publicado em 1992, ganhou o Prémio Nacional de Ficção da Associação dos Escritores Moçambicanos em 1995 e foi considerado um dos doze melhores livros africanos do século XX por um júri criado pela Feira do Livro do Zimbabué. Em 2007, foi entrevistado pela revista Isto É. Foi fundador de uma empresa de estudos ambientais da qual é colaborador.
POEMA DA DESPEDIDA
[Mia Couto]
Não saberei nunca
dizer adeus
Afinal,
só os mortos sabem morrer
Resta ainda tudo,
só nós não podemos ser
Talvez o amor,
neste tempo,
seja ainda cedo
Não é este sossego
que eu queria,
este exílio de tudo,
esta solidão de todos
Agora
não resta de mim
o que seja meu
e quando tento
o magro invento de um sonho
todo o inferno me vem à boca
Nenhuma palavra
alcança o mundo, eu sei
Ainda assim,
escrevo.
BÁRBARA PEREIRA - Bárbara Pereira
Concupiscência
Fascinante essa tal chuva-paixão
Rega todo um coração rijo
Respingando resquícios de felicidade e pieguês por onde passa
Inconfundível sua olência
Porém é lastimável sua brevidade...
Não há como mudar o ciclo das águas
Nos conhecemos,
Trocamos afagos
Em ápices, lascívias
E em súbito
Não se ouve mais o fragor da chuva
O que resta é um céu nebuloso
Finda-se um ciclo...
E como que de improviso, enceta-se outro...
Não há necessidade de esconder-se na abóbada preta
Largue esse seu estrambólico guarda-chuva
E encharque-se junto a mim...
Bárbara Pereira
CLARICE LISPECTOR- Priscila Benitez
"Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro" (Clarice Lispector)
Éric Meireles de Andrade - Esse é um poema meu - Morte aos Elefantes Brancos, escrito com muita verve e indignação das salas de espera das repartições públicas... Escrevo em versos livres, minha pesquisa poética e minha inspiração não prioriza nem rimas nem ritmos, e sim se debruça nas metáforas e nas demais figuras e vícios de linguagem, na transmentalidade mayakovskiana, na constituição de versos simples e nus... Adorei o movimento que você constrói com a Rifa Poética. Divulga nossa III antologia e também os poetas que lhe circundam e que lhe querem bem. Como diria Chico Science "Um passo à frente, e você não estará no mesmo lugar"... Parabéns!!!
http://www.youtube.com/watch?v=2bieBHV-YrA
MORTE AOS ELEFANTES BRANCOS
Morte aos Elefantes Brancos!
Adornados de memorandos numerados
E pedras de ofícios.
Sepultem seu gosto burocrático
De sua carne gorda e corrupta
E sua medíocre tromba de domínio.
Morte aos elefantes brancos!
E morte aos seus donos de terno e gravata
(magnatas em potes de classe dominante
E moradores em castelos de marfim).
Não titubeiem, fuzilem seus passos de deboche
E suas patas de insensibilidade sádica,
Que castigam um povo com orçamentos frios,
E com filas, é com papéis, e com senhas, e com salas de espera.
Morte aos Elefantes brancos!
Ódio aos seus pesos que sufocam
Aos seus dentes que maltratam
E suas bostas que tripudiam!
Sim, morte aos elefantes brancos!...
Éric Meireles de Andrade
http://www.youtube.com/
MORTE AOS ELEFANTES BRANCOS
Morte aos Elefantes Brancos!
Adornados de memorandos numerados
E pedras de ofícios.
Sepultem seu gosto burocrático
De sua carne gorda e corrupta
E sua medíocre tromba de domínio.
Morte aos elefantes brancos!
E morte aos seus donos de terno e gravata
(magnatas em potes de classe dominante
E moradores em castelos de marfim).
Não titubeiem, fuzilem seus passos de deboche
E suas patas de insensibilidade sádica,
Que castigam um povo com orçamentos frios,
E com filas, é com papéis, e com senhas, e com salas de espera.
Morte aos Elefantes brancos!
Ódio aos seus pesos que sufocam
Aos seus dentes que maltratam
E suas bostas que tripudiam!
Sim, morte aos elefantes brancos!...
Éric Meireles de Andrade
GABRIELA GONZALES MEZZACAPPA - Gabriela Gonzales está participando, e a poetisa que ela indicou é ela mesma!
Aqui vai o que ela publicou no blog PaRA HABLAR
Oi Quel! Que legal! Parabéns pelo poema no livro! =D
Então, quero participar da rifa, pode ser um poema meu mesmo, ou precisa ser de alguém conhecido? rsrs
Se servir:
Identidade
Sou a roupa que uso
A droga que recuso
O meu penteado
Meus seres amados
Sou a casa em que moro
O tempo que demoro
Ideologia em que milito
O corpo que habito
Sou o rótulo que assumo
E a forma como entendo
O mundo que desarrumo
Sou e sigo sendo...
Eu sou o que consumo
E os olhos que vendo.
Gabriela Mezzacappa
Aqui vai o que ela publicou no blog PaRA HABLAR
Oi Quel! Que legal! Parabéns pelo poema no livro! =D
Então, quero participar da rifa, pode ser um poema meu mesmo, ou precisa ser de alguém conhecido? rsrs
Se servir:
Identidade
Sou a roupa que uso
A droga que recuso
O meu penteado
Meus seres amados
Sou a casa em que moro
O tempo que demoro
Ideologia em que milito
O corpo que habito
Sou o rótulo que assumo
E a forma como entendo
O mundo que desarrumo
Sou e sigo sendo...
Eu sou o que consumo
E os olhos que vendo.
Gabriela Mezzacappa
TONICO E TINOCO - Rê Muylaert
Tristeza Do Jeca
Tonico e Tinoco
Nestes verso tão singelo
Minha bela, meu amor
Pra você quero contar
O meu sofre e a minha dor
Eu sô que nem sabiá
Quando canta é só tristeza
Desde o gaio onde ele está
Nesta viola eu canto e gemo de verdade
Cada toada representa uma saudade
Eu nasci naquela serra
Num ranchinho beira chão
Tudo cheio de buraco
Donde a lua fai clarão
Quando chega a madrugada
Lá no mato a passarada
Principia um baruião
Nesta viola eu canto e gemo de verdade
Cada toada representa uma saudade
Vou parar com a minha viola já não posso mai cantar,
Pois o jeca quando canta tem vontade de chorar
O choro que vai caindo
Devagá se sumindo, como as água vão pro mar
EDUARDO GALEANO - Fernanda Tibério
Oi Quel, tinha esquecido de entrar... rsrs.
Vou de Eduardo Galeano.
Não é bem um poeta, mas um escritor cativante e inspirador que com certeza vai enriquecer o rifa.
Eduardo H. Galeano (Montevidéu, 3 de setembro de 1940) é um jornalista e escritor uruguaio. É autor de mais de quarenta livros, que já foram traduzidos em diversos idiomas. Suas obras transcendem gêneros ortodoxos, combinando ficção, jornalismo, análise política e História.
"O corpo não é uma máquina como nos diz a ciência. Nem uma culpa como nos fez crer a religião. O corpo é uma festa."
"Somos o que fazemos, mas somos, principalmente, o que fazemos para mudar o que somos."
"A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar".
"De nuestros miedos
nacen nuestros corajes
y en nuestras dudas
viven nuestras certezas.
Los sueños anuncian
otra realidad posible
y los delirios otra razón.
En los extravios
nos esperan hallazgos,
porque es preciso perderse
para volver a encontrarse."
FERNANDO PESSOA - Giordano Ciocheti
(Come chocolates, pequena;
Come chocolates!
Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates.
Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria.
Come, pequena suja, come!
Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes!
Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de folha de estanho,
Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida.)
Fernando Pessoa (Alvaro de Campos)
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - Giordano Ciocheti
Se procurar bem você acaba encontrando.
Não a explicação (duvidosa) da vida,
Mas a poesia (inexplicável) da vida.
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